O que vem à mente quando você pensa em uma liderança inclusiva? Respeito a pessoas de diferentes etnias, gêneros e classes sociais, por exemplo? Líderes de empresas muito grandes e bem posicionadas no mercado, como a Coca Cola? Processos seletivos mais modernos?
Tem se falado bastante sobre a necessidade das empresas adotarem posturas mais acolhedoras, mas em muitos casos fica difícil entender o que isso realmente significa.
Para deixar tudo mais simples de entender, listamos as principais características de uma liderança inclusiva. Além disso, falaremos sobre as atitudes mais comuns de gestores que não se preocupam com diversidade e, ainda, explicaremos como diagnosticar o estágio em que a sua empresa está.
Esse tema é interessante para você? Então, continue a leitura!
Quais as principais características da liderança inclusiva?
Você já deve saber que investir em uma liderança inclusiva traz muitas vantagens para a empresa: valorizar a equipe promove desenvolvimento das pessoas e, consequentemente do negócio, contribuindo com os resultados de forma geral.
Mas, afinal, quais comportamentos esses gestores devem ser? Quais ações devem tomar? Quais devem ser os pontos de atenção? Pesquisas mais recentes mostram os principais traços de lideranças consideradas inclusivas e nós listamos os seis principais abaixo. Confira!
1. Compromisso
O primeiro passo para se comprometer com a diversidade é verdadeiramente se preocupar e engajar com a causa. Essa não pode ser apenas uma demanda institucional, cumprida por obrigação, deve ser algo genuíno e pessoal. Para ter uma liderança inclusiva, a pessoa deve estar disposta a fazer uma sociedade mais justa.
Por isso, ela questiona o status quo e os preconceitos estruturais da sociedade. Também responsabiliza as pessoas quando necessário e, principalmente, trata a causa da diversidade e inclusão como pautas de prioridade pessoal.
2. Humildade
Uma verdadeira liderança inclusiva demonstra humildade para admitir erros e identificar pontos que precisam de melhoria. Afinal, todos nós temos aspectos que podem ser aprimorados, certo?
O fato da pessoa ser gestora não tira dela a capacidade de reconhecer fraquezas, buscar crescimento e criar espaços para trocas e sugestões.
3. Consciência do preconceito
Você tem a capacidade de reconhecer os próprios preconceitos? Uma liderança inclusiva, sim. Ter essa consciência não quer dizer que somos pessoas ruins, mas sim que entendemos que a maioria das discriminações são oriundas de uma estrutura social, a qual fazemos parte inevitavelmente.
Por isso, o melhor que podemos fazer enquanto indivíduos é reconhecer nossos pontos cegos e nos colocarmos como “preconceituosos em desconstrução”. Ou seja, uma pessoa ainda em processo de melhoria, aberta a ouvir e a progredir todos os dias.
Afirmar de antemão que é uma pessoa livre de preconceitos demonstra certa ignorância e, principalmente, dá a sensação de causa resolvida, afastando-se da necessidade de progressão. Afinal, se uma pessoa acha que não é racista, por exemplo, ela não se preocupa mais com o racismo. E isso faz com que o assunto não seja mais ponto de discussão e evolução.
4. Curiosidade sobre os outros
Empatia é um dos pilares mais importantes de uma liderança inclusiva. Toda equipe é composta de pessoas diversas, com culturas, valores, vivências e ideias muito diferentes.
Quem conduz esse grupo precisa ter curiosidade sobre o outro, na tentativa de entender suas questões mais individuais. Ele deve, ainda, ouvir atentamente sem julgamentos, compreendendo que cada pessoa tem uma jornada específica.
5. Inteligência Cultural
A competência da inteligência cultural diz respeito à habilidade de trabalhar julgamentos e crenças limitantes sobre pessoas com vivências diferentes das suas. Nesse sentido, a liderança inclusiva tem interesse em aprender sobre culturas diversas e é capaz de se adaptar quando necessário.
6. Colaboração eficaz
O cargo de líder não pode ser apenas ilustrativo. Essa pessoa deve estar disposta a colaborar, sempre que possível, para manutenção da equipe, valorização das diversidades e respeito à inclusão.
Isso se dá por meio da capacitação das pessoas, assim como asseguramento da saúde psicológica dos funcionários no ambiente de trabalho. Ela também se compromete com a coesão da equipe.
Se você reparar bem, todas as características citadas acima devem fazer parte do cotidiano de todas as pessoas que ocupam posição de liderança, certo?
Mas vale ressaltar que para ser percebido como líder inclusivo, não basta adotar algumas dessas atitudes isoladamente ou de vez em quando. A liderança inclusiva deve ser tangível, constante e praticada todos os dias.
E como agem líderes menos inclusivos?
Sabemos que a pauta de diversidade e inclusão ainda tem grandes desafios pela frente. Há muito a se percorrer e vários pontos a trabalhar. Pela nossa experiência e com base no resultado de pesquisas, a maioria das pessoas que exercem cargos de liderança adota postura pouco inclusiva.
Este perfil de líderes menos inclusivos também é adota certo padrão de comportamento, que deve ser questionado e evitado. Entre as principais características estão:
Superioridade
Líderes menos inclusivos assumem uma postura superior ao dar sua opinião. Podem ser muito diretos e sem tato ao lidar com a equipe, o que acaba inibindo as pessoas ao seu redor de contribuir nos projetos e participar de conversas.
Favoritismo
Quando os trabalhos são sempre atribuídos às mesmas pessoas, consideradas as com melhor desempenho. Além de desmotivar parte da equipe, que se sente incapaz e inferior, esse comportamento causa alta carga de trabalho aos “favoritos”.
Pouca flexibilidade
Líderes pouco inclusivos costumam ter ideias muito rígidas sobre tópicos específicos. Eles não têm o hábito de se questionarem e tampouco dão espaço para que os demais contribuam com a sua visão de mundo.
Essa postura inflexível inibe que a equipe participe e apresente pontos de vista alternativos — algo o que é essencial para construir uma empresa inclusiva.
Será que a liderança da sua empresa já é inclusiva?
Você já iniciou o trabalho de tornar a sua empresa mais inclusiva? Esse é um grande desafio, sobretudo para as corporações mais antigas e conservadoras, com uma cultura organizacional consolidada e, portanto, que já estão acostumadas a existirem de determinada forma.
No entanto, nunca é tarde para mudar! Uma boa iniciativa é buscar feedbacks da sua equipe, na intenção de identificar como eles veem você, qual é a percepção em relação ao seu comportamento. Lembre-se que é importante criar um espaço seguro para isso, sem margens para retaliações.
Além de perguntar, você pode buscar outros indícios de uma liderança inclusiva. A sua gestão está causando impacto positivo nos times? As pessoas estão mais unidas e participativas? É você quem procuram para resolução de dúvidas ou demandas? Há alguma outra empresa que queira se inspirar no seu modelo de gestão?
Vale ressaltar que até a empresa mais inclusiva do mundo está apta a fazer melhorias. Por isso, a atenção à diversidade deve ser constante e contar com uma equipe especializada para sanar pontos sensíveis é uma ótima ideia.
Se você ainda está com dificuldade de identificar os pontos de melhoria ou não sabe como começar, o Diversidade Importa pode te ajudar. Contamos com uma metodologia própria e atuamos de ponta a ponta na missão de tornar as corporações mais diversas e justas.
Gostaria de conhecer melhor nossos serviços? Agende um horário conosco. Será um prazer atender você!